domingo, 3 de maio de 2015

dizem que a terapia nao faz milagre, nao cura totalmente e apenas te faz se enxergar, pois bem, mas ainda sim é melhor do que acordar tarde na torcida de fazer o dia parecer menor, por nao querer viver o sol da manhã, e pensando de madrugada. É complicado, mas a academia cura, a terapia apóia, e vc, apenas tem se deixar ir, tomar anestesia e fazer faculdade, saber falar, saber que vc precisa falar e sem o outro, seja ele/ela quem for, não há tempo para brincadeiras, sao paulo é estranha demais e o interior não se parece comigo, é preciso ainda, nesse tempo louco nao perder a capacidade de sonhar, criar amores, levar foras, não comer ninguem no final da noite apesar das tentativas e poesias, é preciso superar a "não foda" e acreditar em nossos corações.
E assim vamos passando, com saudades da lua e seus encantos, apesar dos desaforos e voltas que nos fazem envelhecer sem perceber, apesar da doce amada vida fazer sentido no amor da lua, apesar de tudo, se hoje vivo na solidão, vivo nela melhor, vivo com mais profundidade e discernimento sabendo assinar tudo. Mas de fato a sabedoria não é tudo, e nem o amor, esse, por sua vez sempre se apresentou a mim por ilusões boas, ditas de minha pouca falta de capacidade de saber ser objetivo. Seria um absurdo dizer que só porque as vezes acho mais divertido perder no xadrez derrubando quase todas as peças do adversário estou sofrendo, ao invés de um experiente jogador astuto que arma seu campo de ataquea em volta da perseguição do rei somente, seria ignorar muita coisa afirmar isso, apesar da lógica. Isso porque no centro cultural são paulo, ao lado da biblioteca, nas mesas públicas, vejo várias pessoas, e sinto falta de coração presença da alma feminina lá, os velhos sábios, incansáveis jogadores, neurônios de uma resiliência implacável, porém andando mais a frente pela 23 de maio, ao seu encontro com a zona norte, vemos o shopping D e o center norte, rodeados de moleques e seus estilos semi-copiados, e namoros simples de se ver, que traz a beleza da não profundidade, onde ser raso não é crítica, é inteligencia, dois corpos produzem o mesmo que outros dois corpos com história importante. Nesse ponto há uma oposição em mim mesmo, gostar dos dois. Mas isso não me gera nada de mais, nem mesmo um desconforto qualquer, conhecer os sofistas e o evangelho de joão, pra mim são diferentes como tem q ser, e unir a aula de anatomia com mario sergio cortella é facil, dificil mesmo é o paragrafo seguinte. Esse paragrafo é de conclusão, o que pra mim é realmente chato, concluir, seria fechar o ciclo para unir todas as letras ja escrita em uma arguição coerente, e não, a escrita, por mais maléfica que tenha sido para a memória humana, a escrita tende a me nortear para eu não chorar, ou chorar como quem quebra sua casca do ovo, renasce, não como a couraça da psicologia ou a casa 8 astrológica, não, menos, e mais infantilizada, procurando ainda uma boa garota.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Pinacoteca I

É importante falar q escrevo com medo, e nada mais sairá com fluidez, e nada mais sairá com inovações artísticas, e nada mais será adolescente e criativo como antes. Tudo será taurino, eneatipizado no 1, com seu devido rótulo de lugar fixo. Vi uma mulher chorar ao saber que devia resolver suas burocracias no RH, chorar por ouvir a frase: desça no RH. Vi uma mãe de 4 filhos não reclamar do que devia. Vi pais de família se calarem e obedecerem. Me vi como segurança sem atender, me vi parado botando medo nas pessoas com meu crachá de "não toque". Me vi paulistano, necessário em minha função sem reclamar do samsara. Me vi competente por agir só, me vi só por ser competente. Vi funcionários fofoqueiros e gente medrosa com razão, pais de família e donas de casa. Vi orgulho das filas grandes pelo lado controlador, e vi torcida por uma chuva pra acabarem com as filas da parte operária. Eu vi pessoas sorrirem por poderem sentar 5 minutos, e vi pessoas aceitando banco de horas pela efetivação. Eu me vi fora da pinacoteca na participação de lucros. Eu constatei que meus preconceitos estavam errados, gente rica é esnobe, e a arte é status pra essa gente. E gente pobre entra na pinacoteca querendo não ser percebida, querendo ser só mais um naquele lugar, sair sem ser notado. E obedecer como quem tem empatia com os avisos. Eu vi de perto a geração Y se esbarrarem para tirar selfies na natureza morta de run mueck, com franjas e sotaques afrescalhados. Eu vi paulistanos velhos olharem pelo interior da pinacoteca com fascínio pelo nao acabamento do prédio. Eu me vejo em pé na pinacoteca, protegendo nosso patrimônio estadual artístico. Me vejo elegante com meu brazer azul escuro, será? Mas seja lá como for, nunca me vejo lá. Eu não devia escrever isso, é só trabalho. Eu devo escrevo isso, é sobre arte. Eu não devia escrever isso, são pintores, e queriam sua eternidade nas telas, pois bem né. Artistas que querem o público, sofram com o populesco. Foi só trabalho.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Posso ser tudo, menos...

Feio, disso tenho certeza, não pelo número de conquistas, isso está abaixo da média. Mas alto em escalões de brisa, o que não ganha nada, e nem quer nada e por isso tem tudo. Quem não quer nada tem quase tudo, só falta ter a si mesmo. Ter seu próprio umbigo e a quem dizer, a quem brincar, a quem interagir com profundidade.

Novos Ares

Nova vida, nova vida, nova vida. Assim espero pela recompensa da CLT. Do salário e VR lavado. Na neuro da fisioterapia com 10 mil reais. Sonhar cansa, e não realizar também, por isso estou dormindo no pior sentido da palavra. Estou morto ou morrendo, mas estou vivo lá dentro, em confiança, em lembrança ao dharma. Em esperança aos ensinamentos rosacruz, sem mais explicações. Caminho pela vida plena, vigilante, em pé, engravatado, senhorio da patronagem alheia. Mulambento das baldiações na luz, andador de crachás pseudo-importantes. lutando pra não me esquecer, esquecer-me. não me achar em mim.

Cabeça Entupida

Vasos sanguíneos e conexões neurais, tudo congestionado. Sublimar é a solução ocidental, a meditação na atenção a oriental. A primeira é a ideal pelo meu corpo, porém a mais trabalhosa do ponto de visa do desanimo. Com meu "marte em aquário" preciso da motivação em equipe, mas as pessoas não olham como eu olho. A segunda é clássica, dispensa comentários. Sublimar é o ideal, e confesso ter medo onde isso pode dar.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

De repente

Assim, você acorda, e não é mais o mesmo, vc tem barba na cara, conta pra pagar, cachorro pra alimentar, e motivos pra sair de casa.
De repente tudo está estranho, é preciso fazer alguma coisa, mas vc não sabe o que, o que se tornar?
É preciso vestir uma mascara, de mecânico, contador, pastor ou policial.
É preciso entrar na caixa do mundo, é preciso e é preciso.
Preciso, é não entrar em nada, e ter a minha oxitocina garantida por uma buceta fiel e encantadora.

Alisson Monteiro